segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os homens que não amavam as mulheres de Niels Arden Oplev (Män som hatar kvinnor)

Diálogo do filme: "_Mas ele tem segredos?

_Todo mundo tem." (Desculpa, não está na língua original, mas eu não entendo sueco)

Vale a pena: Não norte-americano mas que teve boa distribuição, baseado em livros muito bons e com temática de suspense que agrada.

Não vale a pena: Estômagos fracos não devem assistir, além de facilmente impressionáveis. Também não é bom de assistir em dias de extremo bom humor.

Gostei? Sim

Detalhe que provavelmente só eu reparei: Ok, esse detalhe não é exatamente difícil de reparar, mas a Lisbeth NÃO LARGA O CIGARRO UM MINUTO DURANTE O FILME. Eu fiquei impressionada, de verdade, parece aqueles filmes antigos com propaganda de cigarro.



Do que se trata o filme:

A história trata de uma investigação tardia sobre o desaparecimento de Harriet Vanger na ilha de Hedeby, patrocinada pelo seu tio que, se vendo perto da morte, quer realizar uma última tentativa. Ele contrata Mikael Blomkvist, um jornalista investigativo que está em maus lençóis por conta de uma cilada jornalística, e que vê na investigação a chance de sumir do cenário sueco por algum tempo. Mikael, no entanto, acaba descobrindo Lisbeth Salander, uma hacker profissional e com problemas de comportamento, que o ajuda durante as investigações.



Os meus comentários:

Antes de tudo, palmas e mais palmas para Noomi Rapace. Atuação impressionante do começo ao fim, a atriz mais animal que eu já vi na minha vida, eu acho. Um aplauso especial para a cena do metrô.

Segundo lugar: o filme é baseado na série de livros Millenium, do autor Stied Larsson. Os livros são ótimos, e, por isso, é difícil julgar se o livro está à altura. Os livros e filmes sempre têm que ter focos diferentes, já que são formas de mídia diferentes, mas posso dizer que, com certeza, o filme capta a noção de revolta e denúncia do livro. E, logicamente, cenas foram cortadas e adicionadas, mas não é nada que atrapalhe o andamento da série.

O filme é extremamente interessante por tratar de sadismos, como o do homem que abusa da mulher ou o do nazista que pensa em exterminar todos os diferentes dele. Por não ter medo de ser um filme forte, ele mostra exatamente tudo aquilo que geralmente seria imaginado, o que faz com que a denúncia seja alcançada. A fotografia dele também é extremamente interessante, como com o fato de quase nunca ser possível enxergar a face de Mikael por inteiro, o que gera uma reação de incerteza em relação a ele.

Para ser bastante honesta, o fato de o filme ser sueco gera um problema e uma qualidade. O problema é que você tem que confiar nas legendas, o que para mim é bastante traumático. As legendas raramente são boas, e enquanto eu não conhecer nenhum sueco, não vou poder reclamar mais. Já a qualidade é a apresentação ao país, falando um pouco sobre seus escândalaos econômicos e sobre os problemas socio-políticos.

Por fim, o momento fica a dica: assistam ao filme sueco antes de ser lançada a versão estadunidense. É um preconceito louco, mas eu tenho certeza que, por causa de repercussões e bilheterias, várias cenas necessárias vão ser cortadas. Se isso não acontecer, eu juro que peço desculpas em público! HAHAHA!

E por hoje é tudo, pessoal! Dúvidas, sugestões ou comentários, logo abaixo.

Beijos

2 comentários:

  1. muito bem carol, mas uma resenha que me deixa com vontade de assistir o filme :D

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  2. Gostei muito do filme!
    Gostei igualmente dos dois outros filmes da trilogia:
    "The girl who played with fire" e "The girl who kicked the hornets nest"
    Quer dizer, gosto da trilogia como um todo, os filmes se completam.

    Gosto muito do cinema Sueco, aconselho fortemente o filme "let the right one in", cuidado para não confundir com o remake americano chamado "Let me in" (que não vale nada comparado com o original)

    Falando de filmes mais "perturbados" conheces Gaspar Noé? Acho que você já deve conhecê-lo. Na minha opinião o melhor diretor da nossa década.

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