domingo, 27 de fevereiro de 2011

007 contra o satânico Dr. No de Terence Young (Dr. No)

Diálogo do filme: "My name is Bond... James Bond."
Vale a pena: Perceber como o período histórico influencia os filmes, ver um clássico, ver algo que dá certo (difícil nos últimos anos).
Não vale a pena: Se você se estressa demais com as ignorâncias norte-americanas ou se você gosta de filmes com final surpreendente.
Gostei? Ah, mais ou menos.
Detalhe que provavelmente só eu reparei: No filme, a cor vermelha está estritamente ligada ao mal. Coincidência com a bandeira chinesa?

Do que se trata o filme:
Primeiro filme da série de James Bond, o filme mostra a aventura do espião em uma missão na Jamaica. Após o assassinato de uma secretária, ele vai investigar o que a causou. Na missão, que envolve espionagem típica da Guerra Fria, uma mistura de interesses das superpotências e Bondgirls, ele acaba descobrindo uma organização secreta (a SPECTRE) que pretende acabar com o planeta, e tem que escapar de uma cilada.

Os meus comentários:
Antes de tudo, eu preciso dizer que quando eu estava fazendo as pesquisas da minha iniciação científica, James Bond pareceu uma escolha bastante óbvia e simples. Como o meu abjetivo era provar que a sociedade influencia o cinema e o cinema influencia a sociedade, nada melhor do que pegar uma série de filmes que se iniciou nos anos 1960, época na qual a Guerra Fria ainda estava em voga e que ainda não teve um fim definitivo. Assim, o que eu acho mais divertido em ver a série de filmes (o que estou fazendo oficialmente agora) é perceber como a mudança histórica foi mudando o foco da série e como ela também serviu de propaganda para os ideais de quem a produziu.

Além disso, ela tem uma outra coisa que eu acho extremamente interessante: as Bondgirls. Acho que daria para provar a minha tese apenas com elas, dadas as mudanças que ocorreram com o padrão de beleza por causa delas e as mudanças que elas sofreram por conta do padrão de beleza. Nesse filme, por exemplo, são admiradas as mulheres mais curvilíneas, mesmo que a magreza não seja seu principal componente.

Esse filme é um exemplo clássico de filme de Guerra Fria como propaganda ideológica: além de tratar de questões como a Corrida Nuclear e a luta bipolar, ele mostra que tem um ponto de vista, e não tem vergonha de expô-lo. Assim, ele não tem medo de dizer que a América Central é uma terra de ninguém, que o vermelho (símbolo do comunismo) só está ligado aos vilões e que o capitalismo deve ser a melhor escolha para a humanidade. Acho que isso, por si só, já é um bom motivo para ver o filme.

Por fim, um momento #ficadica: reparem na quantidade de cigarros que o James Bond fuma, em como a trilha sonoroa do filme é maravilhosamente sincronizada com as cenas e em como esses diretores e roteiristas têm fixação com aranhas grandes. Eu admito que fechei os meus olhos durante toda a cena da aranha.

Bom gente, por enquanto é isso. Desculpem as poucas postagens, eu acabei de começar a faculdade e está tudo meio confuso. Já tenho outro filme quase resenhado, em breve posto sobre ele aqui. Obrigada, e comentários abaixo! Beijos!

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