quarta-feira, 2 de março de 2011

Gran Torino de Clint Eastwood (Gran Torino)

Fala do filme: "I confess that I have no desire to confess."
Vale a pena: Eu sou do princípio de que se é do Clint Eastwood, vale a pena. Mas se você não for, assista por conta da fábula moderna de amadurecimento, ou pelo mal humor maravilhoso do personagem Walt Kowalski.
Não vale a pena: Se você não gosta de filmes com finais comoventes, não curte dramas ou não gosta do Clint (a amiga íntima aqui).
Gostei? Muito!
Detalhe que provavelmente só eu reparei: A Daisy, o cachorro de Walt, é a coisa mais fofa!

Do que se trata o filme:
Walt Kowalski é um veterano de guerra (Guerra da Coréia) que tem que continuar a sua vida após a morte de sua esposa. Por conta de seu caráter solitário e do péssimo relacionamento com filhos e netos, ele acredita que as futuras gerações estão perdidas. Além disso, ele acredita que os imigrantes estão arruinando a nação estadunidense, principalmente por morar em um bairro com grande presença de imigrantes do Laos. No entanto, após eventos que o faz conhecer melhor os seus vizinhos Thao e Sue, ele começa a perceber que não é a nação que está deteriorada, mas sim a sua visão sobre ela.

Os meus comentários:
Bom, eu vou ser sempre, sempre, sempre suspeita para comentar sobre esse filme. Por quê? Porque existe um costume entre algumas mulheres de, quando em momentos de tristeza, colocar um filme triste no DVD e se acabar de chorar. A maioria das mulheres faz isso com comédias românticas, mas eu acho esse filme tão espetacularmente chocante que ele se tornou o meu filme fossa oficial.

Para um momento #ficadica adiantado, eu peço que reparem no rosnado que o Walt faz durante todo o filme! É um sinal tão claro de raiva e desaprovação, que se fosse qualquer outra pessoa, pareceria falso, mas sendo o Clint, soa genial. No comecinho do filme, quando ele ainda não amoleceu nem um pouco as suas visões duronas sobre o mundo, é também engraçado ver o seu preconceito com as menores coisas, sejam elas a senhora que é sua vizinha, ou a sua própria neta.

Além disso, acho que o filme tem uma visão bastante fiel à realidade exatamente por mostrar uma falta de ingenuidade em quase todos os personagens. E além disso, ele tenta abordar todos os ângulos de um mesmo assunto, o que deve ter exigido bastante dos atores. Por exemplo, com o choque de gerações, você percebe que ele não ocorre somente com o mais velho estranhando o mais novo: a neta e os filhos de Walt também não conseguem compreendê-lo. O mesmo ocorre em relação ao amadurecimento: não é apenas Thao que cresce, se tornando um homem, mas também Walt, que, já no fim de sua vida, precisou aprender uma lição sobre o que é ser homem para ter a vontade de sê-lo. Assim, o filme mostra uma visão pouco convencional, mas que para mim funcionou.

Bom, para acabar o post, acho que vou falar sobre o meu aspecto preferido do filme, que é o quão importante pode ser sair da sua área de conforto. Para Walt, isso significou não pré-julgar tudo o que aparece a partir do conhecimento daquilo que ele julgava. Para Thao, significou sair de um papel passivo na sua família e comunidade para começar a criar um futuro. E, em ambos os casos, as mudanças foram absolutamente positivas.

Enfim gente, por enquanto é isso! Comentários aqui embaixo, poooor favor!

Um comentário:

  1. Walt é demais, principalmente pq o humor negro dele bate muito com o meu!
    Ótima "resenha" (não sei como nomear), Ca!
    =)

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