terça-feira, 29 de março de 2011

Los Angeles: Cidade Proibida de Curtis Hanson (L.A. Confidential)

Post dedicado ao leitor Raphael. Valeu, Rapha, eu adorei a dica!

Diálogo do filme: Ed Exley:"Rollo Tomasi"
Jack Vincennes: "Vou ter que adivinhar quem é?"
Ed Exley: "Rollo era um batedor de carteiras. Meu pai topou com ele um dia. Ele atirou seis vezes no meu pai e conseguiu escapar. Ninguém o conhecia, inventei o nome para dar-lhe personalidade."
Jack Vincennes: "E daí?"
Ed Exley: "Foi por Rollo que me tornei tira. Eu queria pegar quem se imaginava impune. Eu queria justiça. Mas com o tempo, me esqueci disso. Por que se tornou tira?
Jack Vincennes: "Eu não me lmebro."
Vale a pena: Tem um roteiro incrível, com várias reviravoltas. Ótimo para fãs de Tarantino, por exemplo.
Não vale a pena: Obviamente, para quer não gosta de ação, filmes policiais ou está com sono e não vai entender o filme.
Gostei? Muito!
Detalhe que provavelmente só eu reparei: Quero um telão que nem o que tem na casa da Lynn para ver os meus filmes!

Do que se trata o filme:
De novo, não é possível dizer que existe uma sinopse para esse filme. Mas, já que eu me propus a fazer isso, vamos lá: o filme trata basicamente das relações entre os policiais de Los Angeles, mostrando todas as suas intrigas e sistemas de corrupção. Dentro disso, ele mostra como um caso que parece ser um caso apenas de gangues leva a um problema estrutural muito maior, dentro da polícia, envolvendo prostituição.E, na resolução desse caso que ocorrem as críticas sobre o trabalho dos policiais de L.A..

Os meus comentários:
Fazia algum tempo desde que eu não via um filme pela primeira vez que me interessasse tanto quanto Los Angeles: Cidade Proibida. Com um enredo que dá reviravoltas extremas e ainda coerentes, turbinado com uma enorme crítica à corrupção na polícia, e ainda atuações incríveis como a de Guy Pearce, também, fica difícil de não gostar!

Quanto ao enredo, primeiramente preciso dizer que o trabalho de direção desse filme foi espetacular. Eu, particularmente, acredito que em filmes como esse, como o Clube da Luta e o recente A rede social, nos quais o enredo poderia se perder caso o trabalho de direção não fosse organizador, um grande crédito tem que ser dado ao diretor. Nesse caso, parabéns, Curtis Hanson! Você conseguiu tornar claro um filme com uma quantidade absurda de protagonistas, além de conseguir criar uma discussão interessante e nova sobre a profissão de policial.

Essa discussão sobre a profissão se dá, no filme, por conta do conceito de justiça. Há uma explicação pela maioria dos personagens sobre o seu conceito de justiça, sobre o que os teria movido para essa profissão. A partir disso, o diretor acabou criando também uma tipificação dos policiais, algo que eu achei extremamente interessante, dado que é uma discussão extremamente atual, e que nunca vai perder essa faceta. Além de tudo isso, ainda há uma crítica sobre a brutalidade e a corrupção em todos os escalões, lembrando que todos os policiais são também humanos, e, como tais, não são sempre incorruptíveis. E, como muitas vezes, a justiça seria feita por esses, se mostra como a justiça é extremamente frágil. Por fim, também é discutido como o poder pode mudar uma pessoa, como este é capaz de criar uma ilusão de impunidade que acaba tornando o homem cego.

Outro ponto que eu considerei bem forte no filme foi a sua própria introdução. Com a matéria da revista Hush Hush, o espectador já começa a ficar atento ao fato de que nem tudo vai ser o que parece. O comecinho da introdução, falando sobre a televisão, também tangencia uma outra discussão interessante apresentada no filme, que é a propaganda. No caso, quando um policial e uma revista fazem um acordo para mostrar eficiência, há uma ilusão de segurança para a população e uma venda muito boa da revista. E isso sem um julgamento moral do diretor, que mostra a prática como se ela fosse tranqüilamente aceita, e mostra como é fácil não ter punição por algo absurdo como isso.

E, obviamente, o filme contou com atuações incríveis para tornar tudo isso possível, incluindo um Kevin Spacey já consagrado com Seven, um Russel Crowe impecável ainda antes de Uma mente brilhante, o Guy Pearce já consagrado após Priscila, a rainha do deserto, e antes de Amnésia, e a Bond Girl Kim Basinger.

Espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei! Comentários abaixo, okay??

3 comentários:

  1. Adorei o novo modelo do post, Carol! Tornou o blog bem mais pessoal do que apenas um grande texto corrido falando sobre o filme como milhares existentes por aí. Aprovadíssimo!

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